Saúde
Hospital Hapvida é acusado de negligência por falta de especialista em Emergência
Plantonista que deveria estar de sobreaviso não compareceu para atender criança de 4 anos com objeto estranho no ouvido e que só seria atendida nesta quarta-feira (26)
A funcionária pública Josilene Cavalcante Luciani denunciou nesta terça-feira (25), à Tribuna, um suposto caso de negligência e descaso durante atendimento de emergência de seu neto no Hospital Hapvida, localizado Avenida Presidente Getúlio Vargas, no bairro da Serraria, em Maceió. De acordo com a denunciante, o garoto Joaquim Luciani, de apenas quatro anos, deu entrada na Emergência do Hapvida ainda na noite de segunda-feira (24) para tentar retirar uma bolinha de miçanga de pulseira que se instalou no ouvido.
Josilene diz que ela, o neto e a filha, mãe do garoto, deram entrada por volta de 19h45 e só saíram da Emergência por volta de 23 horas, sem conseguir que algum profissional resolvesse o problema de Joaquim. E o mais grave: o profissional específico da área, um otorrinolaringologista que deveria estar de sobreaviso, não apareceu no hospital, embora tenha supostamente recebido um aviso de um colega médico para comparecer ao atendimento de emergência.
“A emergência do Hapvida não resolveu o problema nem segunda, nem hoje, terça, mesmo após longa espera. E eles não tiraram o material do ouvido da criança com história de que não tinha médico. E me mandaram eu ir hoje para um ambulatório. Fui ao ambulatório e no ambulatório disseram que eu tinha que encaminhar e marcar para poder o menino ser atendido. Ou seja, não houve solução desde a chegada até a saída de uma emergência do hospital e não havia otorrinolaringologista disponível para atender Joaquim em dois dias”, denunciou Josilene.
E no ambulatório do Hapvida localizado no bairro do Farol, depois de muita burocracia, a família só conseguiu marcar o atendimento para um especialista, no caso o otorrinolaringologista do Hapvida, somente para esta quarta-feira (26), ou seja, dois dias depois da entrada na Emergência do Hapvida, conforme foto enviado por Josilene para Tribuna.
”A falta de especialista é um absurdo, inaceitável, considerando o pagamento do plano de saúde para evitar depender do SUS”, completou a denunciante.
Caso só foi resolvido em uma UPA
Desesperada e sem a resolução do problema no ouvido da criança no Hapvida onde pagam o plano do garoto, a família resolveu nesta terça-feira à tarde levar Joaquim no serviço público numa Unidade de Pronto Atendimento (UPA) localizada no bairro do Jacintinho. “Graças a Deus na UPA o atendimento foi rápido e conseguiram retirar o material do ouvido da criança”, relatou Josilene.
Por meio de Nota à Tribuna, a Assessoria de Comunicação do Hospital Hapvida enviou sua versão para o fato, mas não explicou a falta de um profissional que deveria estar de sobreaviso no local de Emergência do Hospital e ainda confirma que um atendimento a uma criança com um corpo estranho no ouvido que deu entrada no dia 24 só seria feito dois dias depois da entrada no hospital, ou seja, nesta quarta-feira (26).
Segue o teor da Nota na íntegra:
"A operadora esclarece que, conforme as normas da ANS, a unidade de emergência mantém as especialidades básicas disponíveis presencialmente. Para especialidades específicas, como Otorrinolaringologia, o atendimento ocorre em modelo de sobreaviso, com o especialista acionado conforme a necessidade clínica.
No caso citado, o paciente foi avaliado pelo pediatra da unidade, que iniciou o protocolo de atendimento e solicitou o acionamento do profissional responsável pela especialidade. Durante esse processo, a família optou por buscar outra unidade, decisão respeitada pela equipe assistencial.
A empresa informa que já realizou contato com os responsáveis e agendou consulta com otorrinolaringologista para a manhã desta quarta-feira, assegurando a continuidade do cuidado. Permanece à disposição para quaisquer esclarecimentos."
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